A sétima geração do Volkswagen Jetta foi lançada no Brasil há oito meses, atualização que devolveu ao sedã a condição de competir com os principais concorrentes do segmento. Porém, até agora, a situação do sedã médio pouco mudou. O modelo continua na quarta colocação, muito atrás de Toyota Corolla, Honda Civic e Chevrolet Cruze. Nem mesmo o lançamento posterior de uma versão mais barata (ou menos cara!) foi capaz de proporcionar uma reação. Agora a marca alemã lança a versão nervosa GLI, deixando a gama mais completa, mas sem a menor chance de tirar o sedã da zona de rebaixamento.
Leia Mais
VW Jetta tem nova versão de entrada, vendida por R$ 99.990, e ganha mais competitividadeNovo Volkswagen Jetta chega ao Brasil com preços que vão de R$ 109.990 a R$ 119.990Por R$ 120 mil, bem que o novo Jetta R-Line 250 TSI poderia oferecer maisMercedes-Benz apresenta o inédito GLB, SUV intermediário com até sete lugaresVeículos a combustão não poderão mais entrar em Fernando de Noronha a partir de 2022Novo Chevrolet Tracker é lançado na China a partir de R$ 56 milEmplacamentos: vendas do VW T-Cross avançam, mas ainda têm desempenho tímidoPela primeira vez o fabricante comercializa o Jetta GLI no Brasil, mas vale lembrar que a última geração oferecia a versão TSI, com 211cv de potência, porém bem mais discreta. A sigla GLI (Gran Luxury Injection) foi criada nos Estados Unidos na década de 1980 para identificar os modelos topo de linha que uniam a esportividade dos GTI ao refinamento esperado para um sedã. Então, além do melhor desempenho, esta versão chega como a mais equipada e cara: R$ 144.990. Assim como as demais versões, a GLI é fabricada no México e começa a chegar às concessionárias brasileiras da marca ainda neste mês.
O design ganhou uma pegada mais esportiva, com a aparência mais baixa, efeito obtido a partir do contorno da parte inferior do veículo com elementos escuros e as rodas de 18 polegadas. O para-choque dianteiro é exclusivo da versão, com grade em formato de colmeia e friso horizontal vermelho conectando os faróis. Já a barra acima da grade superior é preta, enquanto nas outras versões é cromada. Os faróis são Full-LED. O toque de esportividade não foi esquecido na traseira, com aerofólio na tampa do porta-malas, difusor na parte inferior do para-choque e saída dupla de escape cromada. As pinças de freio dianteiras foram pintadas em vermelho.
Conceito comum entre os esportivos, o interior é todo em preto – forração do teto, colunas, laterais das portas, painel e bancos –, evidenciando a costura em vermelho em todos as partes de couro (bancos, volante, apoio de braço). O volante tem base reta e o painel de instrumentos é digital.
A dose extra de diversão nesta versão GLI é proporcionada pelo motor 2.0 TSI (com turbo, injeção direta de combustível e comando duplo variável de válvulas), que desenvolve 230cv de potência entre 4.700rpm e 6.200rpm e torque máximo de 35,7kgfm na faixa de 1.500rpm a 4.600rpm. O câmbio é automatizado de dupla embreagem, com seis marchas e opção de trocas manuais por aletas próximas ao volante. Com este conjunto, o sedã alcança a velocidade máxima de 250km/h, acelerando do repouso até os 100km/h em 6.8 segundos. As suspensões são independentes, com configuração multilink na traseira. Já a direção tem assistência elétrica progressiva, que muda a relação de redução conforme a velocidade.
Entre os principais itens oferecidos de série nessa versão de topo estão algumas funções semi-autônomas como controle adaptativo de velocidade de cruzeiro, o Front Assist (que alerta o motorista para uma possível colisão, podendo atuar no freio), o sistema de frenagem pós-colisão e regulagem automática do farol alto. O sistema de infotainment Discover Media tem tela de 8 polegadas, conectividade com smartphones (Android Auto, Apple CarPlay e Mirrorlink) e navegação integrada. O único opcional disponível é o teto solar, estreito demais para ser chamado de panorâmico, custando R$ 4.990.
.