De Guarulhos (SP) – A Kia lançou oficialmente o hatch compacto Rio, já disponível em sua rede de concessionárias. Apesar de ser fabricado no México, de onde vem sem taxa de importação, a volatilidade do câmbio (o dólar) não lhe garantiu uma relação custo/benefício interessante. Por esse motivo, a preocupação dos executivos da marca coreana é mostrar que o modelo tem características superiores de acabamento, rodagem e desempenho que seus concorrentes do segmento dos compactos premium.
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Fato é que o Kia Rio está na média dos concorrentes. O acabamento traz bancos revestidos em tecido na versão de entrada LX e em couro na EX. O interior traz plástico duro, mas com toque e visual agradáveis. A versão mais cara tem acabamento ligeiramente emborrachado nos painéis das portas, mas sem muito ganho em qualidade. Os tapetes são acarpetados. O console central é robusto, com muito espaço para acomodar objetos, incluindo apoio de braço com porta-trecos embutido e tomada USB para banco traseiro no pacote mais sofisticado.
Uma grande escorregada é a telinha do quadro de instrumentos não fornecer velocímetro digital e nem computador de bordo informando o consumo médio de combustível.
Com linhas dinâmicas, o destaque no design do Kia Rio é a grade que une os faróis. As dimensões são 4,65 metros de comprimento, 2,58m de distância entre-eixos, 1,72m de largura e 1,45m de altura. A versão de topo EX tem acabamento em preto brilhante nas grades superior e inferior.
CONTEÚDO A versão de entrada LX (R$ 69.990) traz de série airbags dianteiros, controles de tração e estabilidade, gerenciamento de estabilidade veicular, Isofix, assistente de partida em rampa, controle de frenagem em curvas, sistema multimídia com tela de sete polegadas e conexão com smartphones, rodas de liga leve de 15 polegadas, câmera de ré, ar-condicionado, retrovisores com ajustes elétricos, acendimento automático dos faróis, faróis de neblina, medidor de pressão dos pneus, volante e banco do motorista com ajuste em altura.
Já a versão EX (R$ 78.990) acrescenta ar-condicionado digital, bancos revestidos em couro, retrovisores com ajustes e rebatimento elétricos, luz estática direcional, luz de rodagem diurna. Como falamos no início, o conteúdo não se destaca entre os concorrentes. Como exemplo, trazemos o Chevrolet Onix Premier (R$ 71.790), versão de topo que tem seis airbags (frontais, laterais e de cortina), rodas de liga leve de 16 polegadas, chave presencial (que destrava as portas e dá partida no motor por botão) e bancos que mesclam couro e tecido.
CONJUNTO MECÂNICO O Kia Rio traz sob o capô o mesmo motor 1.6 flex usado em algumas versões do Hyundai HB20, com potências de 123cv/130cv (gasolina/etanol) e torques de 16kgfm(g)/16,5kgfm(e), sempre com câmbio automático de seis marchas. A direção tem assistência elétrica. As suspensões trazem a configuração básica, McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira, sem acerto especial para as esburacadas ruas brasileiras. A breve experiência ao volante não foi suficiente para coletar impressões sobre o veículo.
De novo, em relação aos concorrentes, o motor 1.6 aspirado, apesar de agradável, não supera os modelos que trazem motor 1.0 turbo, com respostas mais breves e menor consumo de combustível.
(*) Viajou a convite da Kia Motors.