Depois da chuva, hora de contabilizar o prejuízo causado pelo alagamento. Se seu carro foi atingido pela água, será preciso fazer uma minuciosa revisão nos sistemas mecânico, elétrico, eletrônico, além do interior do veículo. De acordo com André Fagundes, do Autocentro Confiar, a primeira recomendação é não demorar a agir, para evitar, sobretudo, a oxidação dos componentes. “De forma geral, quando a água atinge o painel de instrumentos, significa que não vale a pena reparar o veículo, é a chamada perda total”, explica o engenheiro mecânico.
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Confira os principais cuidados para dirigir na chuva e evitar problemasA partir de R$ 69.990, Kia Rio chega ao Brasil devendo um algo mais para justificar sua compraFiat confirma o fim da produção da perua Palio WeekendPara não agravar os danos, também é muito importante não ligar o motor do veículo. Segundo Fagundes, todos os componentes precisam ser desmontados e limpos, um serviço que custa a partir de R$ 3.500, e não abrange a troca de peças. Na parte elétrica, todos os conectores (de fios ou lâmpadas) precisam ser limpos, secos e avaliados. Já as centrais eletrônicas costumam ser bem protegidas contra a água, algumas placas até contam com um revestimento, mas também não foram desenvolvidas para ficarem submersas. Caso alguma central eletrônica seja afetada, será preciso substituí-la.
CALÇO Esta manutenção é válida para veículos atingidos pelas águas, mas, se estiver transitando em área alagada, pode ocorrer o temido calço hidráulico, quando a água entra na câmara de combustão (via admissão de ar ou escapamento) e impede o movimento dos demais componentes. “Dependendo da gravidade do calço hidráulico, pode haver quebra de pistão, trinca do cabeçote e empeno de comando de válvulas, bielas e virabrequim”, contabiliza o engenheiro mecânico. O custo de reparo fica entre R$ 1.500 e R$ 3 mil para modelos populares, R$ 7 mil para os medianos e muito mais que isso para modelos premium.
INTERIOR Após ser invadido pela água de uma inundação, que tem as mesmas características de água de esgoto, o interior do veículo precisa de um cuidado especial. De acordo com Rogério da Silveira Santos, da Capotaria Mesquita, se apenas o carpete foi afetado, será preciso removê-lo, lavá-lo e trocar o feltro (um isolante termoacústico que fica junto ao assoalho), serviço que custa a partir de R$ 600. Se a água subir mais um pouco, os bancos serão atingidos. “Como a espuma dos bancos podem demorar até uma semana para secar, quase sempre o proprietário opta por substituí-la”, explica Rogério.
De acordo com o proprietário da capotaria, alguns bancos são tão sofisticados – com diversos motores elétricos para fazer os ajustes, airbags, sensores e centrais eletrônicas – que somente sua avaria já pode condenar o veículo ao limbo da perda total. Neste caso, a solução pode estar em conseguir um jogo de bancos de segunda mão, que pode variar entre R$ 1.500 e R$ 4 mil. Como atualmente a maioria dos painéis de porta é feita em plástico, que não costuma danificar, a higienização do conjunto custa a partir de R$ 250, mas pode ficar mais caro caso atinja interruptores dos vidros elétricos e travas..