A partir do impacto gerado pelo coronavírus, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) reviu sua projeção da produção brasileira do ano para 1,630 milhão - entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus -, volume 45% inferior ao de 2019.
Desde a chegada da COVID-19 no Brasil, é a primeira vez que a Anfavea se arrisca a estabelecer um novo volume de produção, já que ainda não havia uma clareza a respeito do cenário econômico brasileiro pós-pandemia.
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Vendas de veículos mostram recuperação, mas ainda são bem menores que antes do coronavírusFiat confirma morte de funcionário por coronavírus, mas descarta possibilidade de transmissão comunitáriaEncontro de antigos em drive-in no Alphaville foi a atração da semanaA perspectiva de produção da Anfavea foi baseada em um mercado interno projetado de 1,675 milhão de unidades vendidas no ano (queda de 40%) e uma exportação de 200 mil unidades (queda de 53%), além de levar em conta a variação de estoques e as importações de veículos.
No balanço do primeiro semestre do ano, a Anfavea classificou como “fortíssimo” o impacto do coronavírus no mercado automotivo nos últimos três meses. Neste período, a produção acumulada foi de 729,5 mil veículos, o que representa uma queda de 50,5% na comparação com o primeiro semestre de 2019.
No mês de junho, a produção de 98,7 mil unidades foi 129,1% superior à de maio, mas 57,7% inferior à do mesmo mês do ano passado. Já quanto aos licenciamentos, em junho foram registradas 132,8 mil unidades. O acumulado de licenciamentos do primeiro semestre foi de 808,8 mil autoveículos, um recuo de 38,2% sobre o mesmo período de 2019. As exportações em junho fecharam em 19,4 mil unidades, totalizando 119,5 mil no semestre, uma queda de 46,2%.
"A situação geral da indústria automotiva nacional é de uma crise maior que as enfrentadas nos anos 1980, 1990 e essa mais recente de 2015/16. Ela veio num momento em que as empresas projetavam um crescimento anual de quase 10%.