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RETROCESSO

Pressão de fabricantes adia obrigatoriedade de diversos itens de segurança veicular

Nova geração do Hyundai HB20 foi reprovada no teste de impacto lateral do Latin NCAP - Foto: Latin NCAP/DivulgaçãoO Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) adiou o prazo para que os fabricantes de veículos adotassem obrigatoriamente diversos equipamentos de segurança, com destaque para o controle de estabilidade.

Fruto da pressão da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) sobre o Ministério da Infraestrutura, alegando que a pandemia do coronavírus comprometeu os testes para a implantação das normas, o retrocesso foi formalizado na Resolução Contran 799, que passa a vigorar a partir de hoje.

Como, no caso dos veículos de passeio e comerciais leves, o controle de estabilidade passou a ser obrigatório para os novos projetos no início do ano, o efeito prático do adiamento recai sobre os projeto antigos, que antes tinham que adotar a tecnologia até o fim de 2021.

Com o adiamento, o novo texto da Resolução Contran 567 (referente ao controle de estabilidade) determina que 50% da produção adote o item de segurança até 1º de janeiro de 2023, enquanto a totalidade da produção já deve trazê-lo até 1º de janeiro de 2024. Enfim, na prática, o controle de estabilidade foi adiado em dois anos para os veículos leves.

Mas a Resolução Contran 799 também estendeu o prazo para que veículos de passageiros e de carga pesados, além de reboques, adotem a tecnologia. Para esses veículos, o prazo para novos projetos foi mantido para 1º de janeiro de 2022, mas o limite para que todos esses veículos adotem o equipamento de segurança passou de 1º de janeiro de 2024 para 1º de janeiro de 2025.

Luzes de rodagem diurna ajudam a evidenciar o veículo em rodovias - Foto: Fiat/DivulgaçãoIMPACTO LATERAL Outro retrocesso recai sobre a Resolução Contran 721, que prevê a necessidade de ensaios de impacto lateral para a homologação dos veículos. O novo texto adia em uma ano, até 1º de janeiro de 2024, para que todos os modelos atendam a requisitos que ampliam a proteção aos ocupantes em casos de colisão lateral. Porém, a exigência já é válida para projetos novos desde o início do ano.

Alerta de não-afivelamento do cinto de segurança foi adiado - Foto: Chevrolet/DivulgaçãoLUZES DIURNAS A Resolução que passa vigorar hoje também altera o prazo para a adoção de sistemas de sinalização e iluminação. Itens de segurança como luzes de condução diurna (DRL), repetidores de seta nos retrovisores e alerta de frenagem de emergência agora serão obrigatório só a partir de 1º de janeiro de 2024.

CINTO DE SEGURANÇA O alerta de que o cinto de segurança não foi afivelado em todos os veículos foi adiado de 1º de janeiro de 2021 para 1º de janeiro de 2024. Para novos projetos, o dispositivo já é obrigatório desde o início do ano..