A partir de hoje, a Volkswagen suspende a produção em suas fábricas de São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP), São Carlos (SP) e São José dos Pinhais (PR). A montadora afirma que a decisão foi tomada em virtude do “agravamento do número de casos da pandemia da COVID-19”, e descartou qualquer relação com possível desabastecimento de componentes nas linhas de produção. A suspensão da produção nas unidades será estendida até 4 de abril. Mercedes-Benz, General Motors e Volvo também adotaram a mesma medida, mas por falta de componentes.
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De acordo com comunicado da Volkswagen, devido ao “agravamento do número de casos da pandemia e o aumento da taxa de ocupação dos leitos de UTI nos estados brasileiros, a empresa adota esta medida a fim de preservar a saúde de seus empregados e familiares. Nas fábricas, só serão mantidas atividades essenciais”. A assessoria de imprensa da montadora informou que dos 15 mil empregados das quatro fábricas, cerca de 10 mil serão afastados em sistema de folga remunerada, com compensação posterior. Os demais empregados da área administrativa atuarão em trabalho remoto, ou seja, home office. A VW informa ainda que a medida foi tomada em conjunto com os sindicatos locais.
Questionada sobre a possível relação da suspensão da produção em suas fábricas com a falta de componentes nas linhas de montagem, a VW negou.
AS FÁBRICAS Inaugurada em 18 de novembro de 1959, a fábrica da VW em São Bernardo do Campo/SP está instalada em uma área total de 1,6 milhão m². Lá são produzidos os modelos Polo, Virtus e a linha Saveiro. Já na planta de Taubaté (SP), inaugurada em 1976, são produzidos os modelos up!, Gol e Voyage. Em São José dos Pinhais (PR), fábrica inaugurada em 1999, a produção é focado no Fox e no T-Cross. E em São Carlos (SP), são produzidos 70 modelos diferentes de motores.
MERCEDES-BENZ Outra marca alemã que anunciou a suspensão da produção no Brasil foi a Mercedes-Benz.
A montadora informou ainda que a partir de 5 de abril vai conceder férias coletivas para grupos alternados de funcionários da linha de produção, de acordo com o planejamento das fábricas. A Mercedes-Benz tem cerca de 10 mil empregados no Brasil e aqueles de setores administrativos permanecerão em regime de home office. A rede de concessionários da marca e suas oficinas permanecerão em funcionamento, seguindo todas as medidas preventivas, exceto nos estados ou cidades em que há orientação do poder público de interrupção das atividades.
GENERAL MOTORS A GM descarta a possibilidade de suspender a produção em suas fábricas no Brasil por causa da pandemia da COVID-19. A empresa garante que vem seguindo todos os protocolos necessários para evitar a contaminação dos funcionários. Com isso, as fábricas de São Caetano do Sul e de São José dos Campos, em São Paulo, continuam produzindo, sendo que a segunda em apenas um turno.
Já na fábrica de Gravataí, no Rio Grande do Sul, onde são produzidos os modelos Onix e Onix Plus, a falta de semicondutores forçou a GM a dar férias coletivas para seus empregados até maio. Em comunicado, a GM informou que “a cadeia de suprimentos da indústria automotiva na América do Sul tem sido impactada pelas paradas de produção durante a pandemia e pela recuperação do mercado mais rápida que o esperado. Isso está afetando de forma temporária nosso cronograma de produção na fábrica de Gravataí (RS).
VOLVO Ontem, a Volvo paralisou parte da produção de caminhões na fábrica de Curitiba (PR), também por falta de peças, como componentes eletrônicos. Cerca de 2 mil funcionários serão afetados com a suspensão da produção. A Volvo garantiu que a produção de ônibus será mantida parcialmente.
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