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COVID-19: Nissan, Toyota, Hyundai e Honda suspendem a produção no Brasil

A partir de hoje, mais quatro marcas deixam de produzir seus carros no território nacional com o objetivo de contribuir com o isolamento social

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COVID-19: Nissan, Toyota, Hyundai e Honda suspendem a produção no Brasil
COVID-19: Nissan, Toyota, Hyundai e Honda suspendem a produção no Brasil Foto: COVID-19: Nissan, Toyota, Hyundai e Honda suspendem a produção no Brasil

A Nissan produz em Resende (RJ) o SUV compacto Kicks e o sedã V-Drive, geração anterior do Versa

Com o agravamento da pandemia da COVID-19 no Brasil é cada vez maior o número de montadoras que decidem pela suspensão da produção em suas fábricas. Volkswagen, Mercedes-Benz, Scania e Volvo já tinham tomado a decisão e agora são seguidas por Nissan, Toyota, Honda e Hyundai. Os fabricantes alegam que a intenção é contribuir para o controle da pandemia, estimulando o isolamento social e a redução de pessoas circulando. Mas há quem diga que as montadoras aproveitam o momento para parar por enfrentarem também problemas de abastecimento de componentes nas linhas de produção.


Na quarta-feira (24), a Nissan enviou comunicado à imprensa informando que vai conceder férias coletivas aos seus funcionários da fábrica de Resende (RJ) a partir de hoje (26) até 12 de abril, “como forma de ampliar o isolamento social em prevenção ao coronavírus”. A Nissan produz na fábrica de Resende o SUV compacto Kicks e o sedã V-Drive, geração anterior do Versa.

TOYOTA A marca japonesa informou que a partir de segunda-feira (29), suas fábricas localizadas em São Bernardo do Campo (SP), Indaiatuba (SP), Sorocaba (SP) e Porto Feliz (SP) vão suspender a produção por até 10 dias corridos. A Toyota do Brasil informou que a decisão foi tomada em conjunto com os sindicatos locais e que “a medida tem como objetivo contribuir com a redução de circulação de pessoas no momento mais crítico da pandemia no país, além de atender a antecipação de feriados por parte de autoridades em algumas dessas regiões”.

A Toyota suspendeu a produção nas fábricas de São Bernardo do Campo, Sorocaba, Indaiatuba e Porto Feliz


As fábricas de São Bernardo do Campo, Sorocaba e Porto Feliz devem retomar a produção em 5 de abril, enquanto a unidade de Indaiatuba retornará no dia 6 do mesmo mês. Os funcionários da administração da montadora também seguirão a antecipação dos feriados. A Toyota do Brasil conta com um total de 5.600 colaboradores em todo o país e afirma que continuará colocando a saúde e o bem-estar de seus funcionários e de seus familiares em primeiro lugar”.

HYUNDAI Também em comunicado, a Hyundai informou que, seguindo as determinações da Prefeitura de Piracicaba (SP) “para diminuir a circulação de pessoas e preservar a saúde e o bem-estar da comunidade em que atua, de seus funcionários e familiares”, não haverá atividades de produção de veículos na fábrica situada naquela cidade de 29 de março a 4 de abril. Inaugurada em setembro de 2012, na fábrica da Hyundai em Piracicaba são produzidos os modelos HB20 e Creta, com capacidade de 210 mil unidades/ano. A planta conta atualmente com cerca de 2.700 empregados.

HONDA A Honda Automóveis também alegou o agravamento da pandemia da COVID-19 para suspender temporariamente suas linhas de produção de automóveis nas unidades de Sumaré e Itirapina, de 30 de março a 9 de abril. De acordo com o fabricante, a retomada está prevista para 12 de abril. “O objetivo é contribuir com as medidas para redução da circulação de pessoas”, informou a Honda em comunicado. O formato de compensação das horas não trabalhadas no período será negociado com o sindicato.

A fábrica da Honda em Sumaré, no interior paulista, deverá retomar a produção em 12 de abril


Anteriormente, a Mercedez-Benz já havia comunicado a dispensa de seus empregados até o dia 5 de abril, seguida por férias para grupos alternados, com o objetivo de diminuir a quantidade de pessoas na fábrica. A General Motors, afirmou que vem seguindo todos os protocolos e medidas de segurança para evitar a contaminação dos empregados. Mas a montadora revelou que foi obrigada a suspender a produção de sua fábrica de Gravataí (RS) por conta da falta de semicondutores.