A Renault anunciou, recentemente, que já iniciou a produção do Captur no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR). Além de retoques no visual, o modelo terá como principal novidade o motor turbo TCe 1.3 flex, que terá a missão de resolver o problema de desempenho e consumo do SUV compacto. Com essas mudanças, a Renault espera melhorar a condição do Captur no mercado brasileiro, onde não vem se saindo muito bem.
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O Renault Captur foi lançado no Brasil em 2017 como um projeto novo, mas, na prática, o SUV ou crossover compacto é na prática o Duster com uma carroceria diferente. A plataforma sempre foi a mesma. No ano de seu lançamento, o Captur teve 13.742 unidades emplacadas, aparecendo como o 39º modelo mais vendido no país, e o nono no segmento de SUVs, com 3,31% de participação.
Até que em 2020, ano impactado pela pandemia da COVID-19, as vendas do Renault Captur despencaram, com 10.870 unidades emplacadas, deixando o modelo na 11ª posição no segmento dos SUVs, com 2,06% de participação. E até maio deste ano, o Captur só teve 2.995 unidades emplacadas e caiu para 15ª posição no ranking dos SUVs, com 1,14% de participação.
Diante desse quadro nada favorável, só restava à Renault fazer mudanças no modelo para tentar reverter a situação e tentar atrair o consumidor novamente. Por esse motivo, a linha 2022 do Captur será lançada no mercado brasileiro em julho trazendo algumas novidades.
No visual, não são esperadas mudanças significativas.
Por dentro, espera-se um Captur com acabamento melhor, com materiais de qualidade superior aos que são usados atualmente. Além disso, o painel terá novo desenho, com comandos reposicionados para corrigir problemas ergonômicos e deverá trazer a novo central multimídia Easy Link com tela tátil de 8 polegadas.
CONJUNTO MECÂNICO Mas a principal novidade esperada no Renault Captur 2022 é o motor 1.3 turbo Tce, feito em parceria com a Mercedes-Benz e já usado nos modelos GLA e GLB da marca alemã, que são comercializados no Brasil. A Renault não revelou ainda dados técnicos do propulsor, mas nos modelos Mercedes ele desenvolve 163cv e 25,5kgfm de torque. Porém, em outros mercados, o motor tem versão menos potente e com mais torque.
Este propulsor vai substituir o 2.0 aspirado beberrão (148cv e 20,9kgfm), que deixa de ser oferecido. Mas a Renault vai manter o motor 1.6 aspirado de 120cv e 16,2kgfm de torque, que não se destaca nem pelo desempenho e muito menos pelo consumo. São ações que devem ajudar a Renault a dar sobrevida ao Captur, que terá a difícil missão de enfrentar concorrentes modernos, com conjuntos mecânicos eficientes e bons recursos tecnológicos.