A Caoa Chery surpreendeu com o anúncio do fechamento temporário de sua fábrica de Jacareí, no interior de São Paulo, com o objetivo de adequar a estrutura para a fabricação de veículos eletrificados, entre híbridos e 100% elétricos. A ideia é implementar processos produtivos flexíveis que permitirão a produção de vários modelos na mesma estrutura.
Mas marca sino-brasileira promete a intensificação dos trabalhos na planta industrial de Anápolis, incluindo novos lançamentos prometidos para o segundo semestre. A Caoa Chery não confirma, mas a primeira novidade será o Tiggo 8, que receberá um sistema híbrido leve, e ainda adotará o sobrenome Pro.
Ainda espere para este ano a chegada do eQ1, um subcompacto elétrico com vocação urbana – pouca potência e autonomia reduzida –, que deve chegar com preço competitivo para um elétrico, talvez na casa dos R$ 120 mil. O carrinho tem 3,20 metros de comprimento, aparenta se bem apertado e com quase nenhum porta-malas. Apesar de pequenino, o modelo não dispensa uma boa telinha para o sistema multimídia.
A Caoa Chery está tratando seu plano de eletrificação como um reposicionamento da linha de produtos. A marca pretende fazer uma renovação da sua gama eletrificando todos os modelos de seu portfólio até o final de 2023. Apesar do fechamento temporário da unidade, o fabricante quer manter a meta de 60 mil veículos vendidos em 2022.
Fechamento em jacareí e fim do Tiggo 3X
Na planta de Jacareí eram fabricados o aventureiro compacto Tiggo 3X e os sedãs Arrizo 6 e Arrizo 6 Pro.
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Esse fato ainda expõe uma questão para o futuro da marca no Brasil: se, produzindo uma linha convencional de veículos, a Caoa Chery já trabalha com percentual tão baixo de nacionalização, por lógica esse número será muito menor com os eletrificados.
A marca sino-brasileira também já deu outras mancadas por aqui, como o uso do câmbio powershift nos modelos Tiggo 5X e Tiggo 7, componente que já deu muitos dissabores ao consumidor, principalmente aos clientes da Ford.
De acordo com a Caoa Chery, 627 funcionários trabalhavam na planta de Jacareí. A marca afirma que tem a intenção de manter o vínculo com alguns, mas aguarda o término das negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região para definir. A empresa garante que propôs um pacote de indenização suplementar, além das verbas rescisórias legais, para os funcionários demitidos..