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A BMW jura de pés juntos que os preços não sofrerão alterações porque a atual tabela já foi revisada com a adesão da marca no programa Inovar-Auto, do Governo Federal. Mesmo se nada mudar, o 320i continuará sendo o modelo flex mais caro do mercado brasileiro, sendo vendido por a partir de R$ 133.950 (nas concessionárias ainda encontram-se unidades por pouco menos de R$ 130 mil).
Assim como o preço, a BMW afirma que a alta qualidade do acabamento, tão característica dos alemães premium, será preservada. A mecânica também seguirá sem alterações.
Gringo chegado na cana brasileira
Dirigir um BMW flex não muda em nada a experiência de ter um legítimo alemão nas mãos. Avaliamos o modelo nas ruas de São Paulo. Como o motor 2.0 TwinPower mantém seus 184 cv de potência e os 27,5 mkgf de torque (entre 1.250 e 4.500 rpm), independentemente do combustível, a vantagem do ActiveFlex fica mesmo apenas na opção de poder escolher entre etanol ou gasolina. Agradável de dirigir, ele tem disposição de sobra para uma condução na cidade e na estrada passa segurança em ultrapassagens. Diria que o 320i é a medida certa da linha Série 3, sem os exageros do 328i, de 245 cv (clique aqui e leia o teste que fizemos com o 328i).
O casamento motor/câmbio tem plena harmonia, mas faltaram as aletas atrás do volante para as trocas sequenciais das oito marchas que deixariam o conjunto mais animado.
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Rodando 6,9 km/l de etanol e 9,0 de gasolina, não é em todas as cidades que o álcool valerá a pena. São Paulo é a capital em que os dois combustíveis mais competem nos postos, já que o etanol pode ser encontrado até por R$ 1,59 e a gasolina R$ 2,69 em média. Já em Belo Horizonte, por exemplo, com o etanol a R$ 2,19 e a gasolina comum a R$ 2,80, dificilmente um BMW ActiveFlex irá beber a cana. O consumo está longe de ser ruim, mas levando-se emc onta o conceito downsizing, poderíamos esperar algo melhor.
Dirigindo no modo econômico (Eco Pro), o comportamento é mais dócil, o que pode causar estranheza ao motorista acostumado ao temperamento esportivo de um BMW, mas isso ele consegue ao selecionar o modo 'Sport', por exemplo. No 'Eco', as respostas são mais lentas e até mesmo o ar condicionado funciona de forma otimizada. De acordo com o seu comportamento econômico, o condutor vai ganhando pontos, que são transformados em mais quilômetros para rodar com o combustível economizado, tudo isso mostrado de forma motivadora no painel de instrumentos.
Já o modo 'Comfort' permite aproveitar todo o conforto do veículo sem desperdiçar a potência do motor, mas também sem aproveitar a esportividade por completo. A suspensão se mantém equilibrada e confortável para o uso urbano, absorvendo as irregularidades do nosso solo 'lunar'.
Conforto de casa
No resto, é um BMW como qualquer outro, com nível de acabamento inquestionável. Por dentro, as linhas sóbrias já são características da marca e agradam os mais conservadores. O desenho interno do painel e quadro de instrumentos não empolgam, mas tudo é feito com extremo cuidado com a qualidade final e acaba tornando a vida dentro do Série 3 muito mais agradável, principalmente pelo uso de materiais sofisticados, como couro e aço escovado. A ergonomia é o ponto alto do interior deste Série 3. Tudo está ao alcance das mãos e a melhor posição para enfrentar confortavelmente o trânsito é facilmente encontrada pelo motorista, que conta com ajustes elétricos do banco e regulagem de altura e profundidade da coluna de direção.
Para quem vai atrás, a situação melhorou em relação à geração anterior. São cinco centímetros a mais de entre-eixos, mas quem vai no meio, ainda encontra dificuldades com o túnel central, que rouba boa parte do espaço.
São 480 litros de capacidade para as bagagens no porta-malas, o que não representa nada de espetacular, sendo que há sedãs populares que passam dos 520 litros, mas o bagageiro do Série 3 atende tranquilamente a proposta do modelo, inclusive bem parecido com o oferecido por seus concorrentes diretos.
Segurança
São seis airbags para proteger os ocupantes (dois frontais, dois laterais e dois do tipo cortina para as cabeças), além de freios ABS com distribuição eletrônica da força de frenagem e freios a disco nas quatro rodas. Controles eletrônicos de tração e estabilidade fazem as devidas intervenções quando necessárias. Ganhou nota máxima (cinco estrelas) nos testes de colisão realizados pelo Euro NCAP, tanto na proteção de adultos, quando na de crianças usando adequados dispositivos de retenção infantil.
Em todos os testes, o habitáculo ficou praticamente intacto e a energia dos impactos foram absorvidas pelos pontos de deformação programada, poupando a área dos ocupantes, formando, assim, uma célula de sobrevivência.
Concorrentes
Veredicto
O fato de ser bicombustível não representa nenhuma vantagem, pelo menos em grande parte do Brasil, onde o etanol custa proporcionalmente mais caro do que a gasolina. Não há ganhos reais de potência com o combustível derivado da cana. Não use o motor bicombustível como critério de desempate na sua escolha entre outros modelos do mesmo segmento.
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