O uruguaio de origem chinesa (ele é montado em Montevidéu) promete agradar àqueles que buscam uma grande lista de equipamentos de série em um preço muito competitivo. Para agradar ao perfil atual do consumidor brasileiro, não basta ter o tradicional “ar, direção, vidro e trava”. Por R$ 38.990, o cliente levará um sedã com porta malas de 475 litros, motor de 103 cv, airbag duplo, freios a disco nas quatro rodas com ABS, rodas de liga-leve de 15 polegadas, sistema isofix de fixação de cadeirinhas, luzes indicadoras de direção em led e integradas aos retrovisores elétricos, além de ar-condicionado, direção elétrica, vidros elétricos nas quatro portas e travas elétricas com acionamento por controle integrado na chave do tipo canivete. É tudo o que o clássico consumidor de carros populares almeja. Por R$ 2 mil a mais, o comprador leva a versão Talent, que adiciona uma central multimídia completa, com tela de sete polegadas sensível ao toque, câmera de ré, entradas de CD, DVD, USB, cartão SD, bluetooth e GPS em português brasileiro. Para ficar ainda mais completo, um pacote de R$ 1,5 mil equipa o sedã com bancos de couro e luzes diurnas de LED.
De posse dessas informações, certamente o 530 sobe ao topo da lista de preferidos por consumidores de sedãs compactos e ele fica nessa posição até o primeiro test-drive.
Impressões ao volante
Rodamos 50 quilômetros com o 530 em Campinas (SP), pegamos trechos urbanos e rodoviários.
O motor 1.5 16V VVT (comando de válvulas variável) é bem ruidoso e fraco em baixas rotações. Se quiser um bom desempenho, não tenha dó de acelerar e subir o giro, que ele responde. Em nosso breve teste, se mostrou bem estável e com a suspensão ajustada para as ruas brasileiras.
Acabamento
Não há nenhum refinamento no acabamento e arremates. O material é de qualidade inferior e passa um aspecto de fragilidade. O revestimento interno do teto é feito com um tipo de papelão que amassa com facilidade. Fica uma fenda sobrando entre esse revestimento e a canaleta de plástico que cobre a parte interna da coluna A.
O USB foi a nossa opção ao ver que a recepção de rádios na central multimídia era bem fraca. A leitura do pendrive também foi lenta, demorando alguns minutos para executar as músicas. A operação do aparelho é complicada e nada intuitiva. A navegação apresenta grande delay e travou várias vezes, induzindo o motorista ao erro.
A Lifan espera vender 300 unidades do 530 por mês e já enviou para todas as suas concessionárias unidades para que os clientes possam testar antes de comprar.
Outro detalhe do novo veículo, é que o 530 não foi submetido a crash test pra comprovação do nível de segurança.