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Seis anos e uma reestilização depois, o Tiguan continua em nosso mercado, tímido, é verdade, mas cumprindo o seu papel que é o de oferecer uma opção de luxo num segmento onde reina o mal gosto dos coreanos e derivações mal feitas de carros populares nacionais, como o Ford EcoSport e Renaut Duster. O Tiguan não é para qualquer um. Para tê-lo, é preciso ter disposição financeira. A conta começa pelo preço. A versão de entrada vale na concessionária R$ 130 mil, mas vamos analisar a unidade testada, com o pacote R-Line exterior e interior, pintura perolizada e teto solar panorâmico: R$ 173,5 mil.
Passado o susto financeiro, vamos a mais um problema do Tiguan: o câmbio. Não era para ser um problema, pois é um automático de seis velocidades considerado bom, nada além disso. O problema é que atualmente a Volkswagen dispõe em sua linha premium, o famoso DSG, como no Golf. O câmbio automatizado de dupla embreagem e sete velocidades é muito mais eficiente do que o arcaico sistema do Tiguan. Digo arcaico pelo simples motivo do Tiguan ser equipado com um dos melhores motores do segmento (2.0 turbo de 200 cv) que faz sucesso em quase toda a linha de importados da VW, mas que perde o brilho quando acoplado a esse câmbio, digamos, sem sal.
Utilitário e Esportivo
O Tiguan consegue em sua versão R-Line algo que nenhum SUV compacto conseguiu até agora, ser realmente esportivo. Além do motor que disponibiliza 28,5 kgfm de torque desde os 1.700 rpm até os 5 mil rpm, os detalhes fazem a diferença e levam o carro de 1.580 kg da inércia aos 100 km/h em 8,5 segundos e o faz chegar aos 207 km/h de velocidade máxima, segundo o fabricante.
Rodas de aro 18 polegadas com desenho exclusivo com pneus de perfil baixo dão outro ar ao Tiguan, que nessa versão mais invocada ganhou também um bodykit diferenciado, além dos faróis de xênon e Led´s diurnos. A inscrição R-Line está discretamente presente na grade cromada dianteira, nas soleiras das portas e na base do volante.
O acerto da suspensão é firme e a tração integral, chamada pela Volks de 4motion, ajuda a manter o Tiguan na linha mesmo nas curvas mais ousadas, algo gratificante para um SUV. Se você quiser terra e lama, o sistema também dá conta do recado, só não queira transpor obstáculos de jipões preparados e antes de entrar no barro: lembre-se que o R-Line calça um pneu esportivo de asfalto.
Vida a bordo
Se for comparar o Tiguan com outro SUV no momento da compra, que seja com o BMW X1 e Audi Q3. Em preço, o Volks está numa configuração intermediária, briga com as versões de entrada dos alemães de sobrenome mais chique.
A versão R-Line completa é brindada com uma boa central multimídia de uso intuitivo e sensível ao toque, bancos e volante revestidos em couro de boa qualidade, ar condicionado digital de duas zonas com dutos de saída no banco traseiro, teto solar elétrico panorâmico (opcional por R$ 6,6 mil), piloto automático, controle de som no volante, computador de bordo, partida do motor por meio do botão ‘start’ e chave presencial.
Veredicto
O Volkswagen Tiguan tem quase tudo para se destacar em nosso mercado. Com tantas asperezas ele já é um senhor SUV, imagine se as falhas forem corrigidas? Para brilhar de verdade, falta receber mais cuidado da Volks. Se ganhar um câmbio mais moderno que faça um casamento melhor com 2.0 TFSI, levar um pequeno tapa no visual apenas para atualizá-lo (incluindo os Leds traseiros como é oferecido em outros mercados) e passar a ser produzido no Brasil ou no México para diminuir sensivelmente seus custos, certamente ele daria trabalho aos concorrentes mais baratos. Mas antes de assinar o cheque de R$ 173,5 mil no Tiguan R-Line completo, veja outras opções por valores próximos, como Audi Q3, Land Rover Evoque e BMW X1.