
O casamento entre o motor 1.6 e o câmbio CVT proporciona prazer ao dirigir o compacto. O ritmo do Nissan March CVT se mostrou perfeito para o trânsito urbano, onde o ganho linear de velocidade é o melhor compasso para alcançar um desempenho na medida certa e um menor consumo de combustível – porque assim você corre menos e freia menos, além de não se preocupar com as trocas de marcha, que são ainda mais desgastantes no para e anda de um congestionamento. Outra vantagem do CVT são as trocas de marcha sem trancos.
Apesar do desempenho linear, o hatch é capaz de ganhar velocidade rapidamente, eliminando a velha crítica de que veículos com câmbio CVT são entediantes, fornecendo boa resposta quando provocado para uma ultrapassagem ou retomada. O câmbio conta com a função Overdrive, acionada por um botão na lateral do pomo da alavanca, que otimiza essas respostas. Também há a posição Low no câmbio, que mantém em marcha reduzida para auxiliar o motorista em descidas com o freio-motor ou em subidas mais íngremes).
O conforto proporcionado pela suspensão também é item a se destacar, mesmo essa versão estando equipada com pneus de perfil mais baixo (185/55/R16) que o das convencionais (165/70/R14). Além de filtrar bem as irregularidades do piso, o conjunto oferece confiança nas curvas. A direção tem assistência elétrica variável, leve na hora de manobrar e firme em velocidades elevadas.

Com preço sugerido beirando os R$ 60 mil, salta aos olhos a falta de alguns itens no March SL 1.6 CVT: dos vidros elétricos, apenas o do motorista tem a função automática, ainda assim apenas para abrir a janela; apoio de cabeça e cinto de três pontos para o passageiro traseiro central; banco traseiro bipartido; iluminação em alguns botões do painel; sistema Isofix para colocação de assento infantil; além de porta-trecos mais bem pensados.

MERCADO Além de atender ao mercado de pessoas com necessidades especiais (que ganham subsídios para a compra), a inserção do câmbio automático coloca o March como mais uma opção entre os compactos que, atendendo a uma demanda dos clientes, já exploram esse filão. Levando em conta sua principal característica, o câmbio CVT, um possível concorrente é o Honda Fit 1.5 CT DX – sua versão automática mais barata –, apesar de ter maior comprimento e entre-eixos e pertencer a um nicho considerado premium.

Um resumo para ajudar a colocar o modelo na balança: do ponto de vista mecânico e de desempenho, o modelo testado não fica devendo a nenhum concorrente, pelo contrário. Outros pontos positivos são o espaço interno e o baixo consumo de combustível. Apesar de ter uma boa central multimídia e belas rodas de 16 polegadas, ele peca em alguns itens básicos e ainda fica devendo em design e acabamento, já que tem um dos projetos mais antigos. Por fim, assim como os concorrentes, seu preço é surreal, mesmo para um modelo automático.

É a central multimídia dos conectados, pois já vem com vários aplicativos populares, como Waze, Spotify e YouTube, além de uma memória livre de 1GB para baixar outros apps. O acesso à internet pode ser via wi-fi ou por meio do compartilhamento com o smartphone. Apesar do aplicativo de navegação, o sistema traz seu próprio GPS. Geralmente usada para a função de telefonia, a tecla de comando de voz localizada no volante apenas efetua uma chamada para o último número registrado. As mídias disponíveis são rádio, CD/DVD, Bluetooth (com streaming), entradas USB e auxiliar. Tudo a partir da tela tátil de 6,2 polegadas.
FICHA TÉCNICA
» MOTOR
Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, 1.598cm³ de cilindrada, flex, que desenvolve potência máxima de 111cv (gasolina e etanol) a 5.600rpm e torque máximo de 15,1kgfm (g/e) a 4.000rpm
» TRANSMISSÃO
Tração dianteira e câmbio automático CVT
» SUSPENSÃO/RODAS/PNEUS
Dianteira, independente, tipo McPherson; e traseira tipo eixo de torção/ 16 polegadas (liga leve) / 185/55 R16
» DIREÇÃO
Do tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica variável
» FREIOS
Discos ventilados na frente e tambores na traseira, com ABS e EBD
» CAPACIDADES
Tanque, 41 litros; capacidade de carga (passageiro e carga), não divulgada

» DE SÉRIE
Alarme, ar-condicionado digital, banco do motorista com regulagem de altura, computador de bordo, limpador e desembaçador do vidro traseiro, direção elétrica, faróis de neblina, regulagem elétrica dos retrovisores, vidros e travas elétricas, faróis com máscara negra, aerofólio, rodas de liga leve de 16 polegadas, airbags frontais, freios ABS com EBD e assistência de frenagem, sistema multimídia com navegador.
» OPCIONAL
Não há.
QUANTO CUSTA?
O Nissan March com câmbio CVT está disponível a partir da versão SV 1.6 por R$ 54.590. Já versão testada, a SL 1.6 CVT, tem preço sugerido de R$ 58.990.
NOTAS (0 a 10)
» Desempenho 8
» Espaço interno 7
» Porta-malas 7
» Suspensão/direção 8
» Conforto/ergonomia 7
» Itens de série/opcionais 7
» Segurança 6
» Estilo 7
» Consumo 8
» Tecnologia 7
» Acabamento 7
» Custo/benefício 7