O Volkswagen Virtus está há dois anos no mercado brasileiro e desde que foi lançado conquistou uma legião de fãs. No ano passado, só não vendeu mais do que o antigo Chevrolet Prisma e o Ford Ka Sedan, mas liderou entre os sedãs compactos premium. Testamos a versão Highline, topo de linha, equipada com sistema de som Beats e pacote tecnológico, que deixa o carro mais recheado, porém, com preço próximo ao das versões de entrada dos sedãs médios. O Virtus tem como atrativos o conjunto mecânico, que garante bom desempenho, e o amplo espaço interno. Confira o teste.
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Testamos o Fiat Mobi Way com mais conteúdo, mas com preço salgadoTeste: Linha 2020 do Fiat Argo 1.0 Drive tem bom desempenho, mas custa caroTestamos a Nissan Frontier Attack 2.3 turbodiesel 4x4, a sexta no rankingCaoa Chery Arrizo 6 tem bons predicados para disputar entre os sedãs médiosA versão topo de linha do VW Virtus traz alguns detalhes no visual que sugerem sofisticação, com a intenção de fazê-lo parecer um modelo de segmento superior. Os faróis têm máscara negra e a luz diurna em LED fica junto ao auxiliar de neblina. A frente tem conjunto harmonioso, com a grade e para-choques com frisos cromados. É um sedã de estilo sóbrio, mas sem ser careta.
Um dos destaques do modelo é o porta-malas, que comporta 521 litros de bagagem, e, embora tenha tampa com alças do tipo pescoço de ganso, tem espaço de sobra.
No acabamento interno da versão predomina o plástico duro no painel, mas de boa aparência e montagem benfeita.
OPCIONAIS A versão trazia ainda o Kit Beats Sound (R$ 2.160), que agrega porta-malas com rede e sistema de regulagem variável de espaço, além de sistema de som com quatro alto-falantes, dois tweeters, amplificador e subwoofer com ajustes especiais. O áudio não decepciona, com boa definição de graves, agudos e médios, e pouca distorção em volume elevado. Pela tela digital o motorista controla o balanço entre os alto-falantes dianteiros e traseiros.
O outro pacote opcional é o Tech High (R$ 4.290), que traz Park Pilot (sensor de estacionamento dianteiro), antena Diversity, câmera de ré, detector de fadiga, retrovisor interno eletrocrômico, faróis com função coming/leaving home, luz de condução diurna em LED ao lado dos faróis de neblina, indicador de pressão dos pneus, Post Collision Brake, instrumento combinado digital (Active Info Display), sensores de chuva e crepuscular, sistema multimídia Discovery Media com CD-Player, App-connect e comando de voz, e sistema de navegação. As rodas de liga leve de 17 polegadas são outro item opcional, por R$ 945. Com todos os opcionais e pintura metálica (R$ 1.570), a versão Highline, que tem preço de R$ 84.290, sobe para R$ 93.805. Muito dinheiro por um sedã compacto.
DIRIGINDO O conjunto mecânico, formado pelo motor três-cilindros 1.0 turbo de 128cv de potência máxima e 20,4kgfm de torque, e câmbio automático de seis velocidades, é o principal atrativo do sedã. Com bom torque e potência, o motor convida a acelerar, garantindo arrancadas rápidas e retomadas de velocidade seguras.
A direção, com assistência elétrica, foi bem calibrada, principalmente para velocidades mais elevadas, transmitindo segurança. Em manobras em ambientes mais apertados, o diâmetro de giro não favorece muito. As suspensões são mais firmes, garantindo boa estabilidade em curvas, mas transferem as irregularidades do solo quando se trafega sobre pisos ruins. O sistema de freios, com discos nas quatro rodas e eletrônica, atuou de forma eficiente.
Comparado com seus principais concorrentes, o VW Virtus Highline tem um bom pacote de itens de série, com quatro airbags, auxílio de partida em rampa, ar-condicionado digital, controle automático de velocidade, entre outros. Mas perde para o Honda City e Chevrolet Onix Plus, que trazem seis airbags de série. O Fiat Cronos tem preço mais em conta, mas perde na lista de equipamentos. O problema é que, com preço acima dos R$ 90 mil, o Virtus Highline esbarra nos sedãs médios de entrada.