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Segurança - Modinha perigosa

Utilitários-esportivos têm taxa de mortalidade de 59% contra 25% dos outros automóveis em caso de capotagem. Hyundai Tucson e Kia Sportage têm fraca resistência do teto

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Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

Volkswagen Tiguan teve o melhor desempenho na avaliação do instituto norte-americano IIHS

A participação dos utilitários-esportivos (SUVs) no mercado brasileiro cresce e pode ser vista nas ruas, onde os motoristas se sentem protegidos pela altura e excesso de lata e invadem as faixas alheias. Porém, a sensação de segurança não é proporcional ao tamanho. Em recente pesquisa conduzida pelo Insurance Institute for Highway Safety (IIHS) apenas quatro dos doze SUVs avaliados tiveram boas notas no teste que avalia a força do teto, para tentar medir as consequências em caso de capotamento. As exigências do teste foram maiores que as demandadas pelo governo dos EUA para a homologação dos automóveis, mas dão uma noção dos riscos que representam os utilitários-esportivos.



Pela lei, o teto deve resistir a uma vez e meia ao peso do veículo. O teste é feito com uma chapa metálica empurrada contra um lado do teto a uma velocidade constante. Porém, no teste do IIHS, a capacidade deve ser quatro vezes superior para se conseguir uma boa classificação, além de não poder ser esmagado mais de cinco polegadas. A classificação aceitável exige que o teto suporte 3,25 vezes o peso do veículo; a marginal, 2,5; e a pior, abaixo de 2,5.

Classificação
Foram avaliados modelos produzidos em 2008 e 2009 e o melhor foi o Volkswagen Tiguan, seguido em ordem decrescente pelo Subaru Forester, Honda Element e Jeep Patriot, todos com a melhor classificação possível. No segundo patamar, com a classificação aceitável vieram Suzuki Grand Vitara, seguido de Chevrolet Equinox (Pontiac Torrent), Toyota RAV4, Nissan Rogue e Mitsubishi Outlander. Com classificação apenas marginal, ficaram o Ford Escape, Mercury Mariner, Mazda Tribute e Honda CR-V. Com as piores performances, estão dois modelos com bom desempenho de vendas no mercado nacional: os gêmeos Kia Sportage e Hyundai Tucson.

Já os modelos coreanos, como Hyundai Tucson e Kia Sportage, foram os que apresentaram mais riscos


Segundo informações do instituto, qualquer tipo de veículo pode capotar, mas o índice de mortes é de 25% para os automóveis em geral, enquanto para os SUVs é de 59%. Cerca de 2,5% de todos os acidentes que acontecem anualmente nos EUA envolvem capotagem e resultam em cerca de 10 mil mortes, de acordo com o National Highway Traffic Security Administration (NHTSA), responsável pelo trânsito nos EUA. Entretanto, segundo o NHTSA, cerca de dois terços dos que morrem em capotagem estão sem cinto de segurança e são jogados para fora do carro. Quando os veículos capotam, o teto bate no chão, fica deformado e esmagado. Por isso, tetos mais fortes reduzem o risco de que as pessoas sejam lesadas pelo contato direto. Além de impedir que os ocupantes que não estejam utilizando cintos de segurança sejam jogados para fora do veículo.

O debate sobre a rigidez do teto é importante para a segurança do veículo e vem sendo feito há anos por pesquisadores. No último ano, o IIHS publicou dois estudos que mostram uma forte relação entre a rigidez do teto e a sobrevivência dos passageiros em capotamentos. Durante muito tempo, o IHSS fez testes de impactos frontais, laterais e traseiros. O de teto é novo e os SUVs compactos foram os primeiros a serem testados. O plano é medir a resistência dos tetos dos carros médios depois.