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Tecnologia - Popularização dos LEDs

Mais econômico, eficiente e durável que lâmpada tradicional, diodo emissor de luz já equipa motos, caminhões, ônibus e carros nacionais. Custo de troca é superior

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Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

O nome vem da abreviação do termo Light Emitting Diode. Na prática, diodo emissor de luz significa maior eficiência e praticidade de iluminação, comparado a uma lâmpada tradicional. Se antes a tecnologia era restrita a modelos importados, cada vez mais se populariza entre diferentes tipos de veículos produzidos no Brasil. Motos, caminhões, ônibus e automóveis abriram mão da conhecida luz gerada a partir de filamento aquecido para dar vez, em alguns componentes, ao diodo semicondutor energizado dos LEDs.

?O LED necessita de menos energia para acender. Por ser muito pequeno, também permite que o designer trabalhe com formas diferenciadas ao desenvolver peças como faróis e lanternas?, explica o consultor técnico da Fiat Automóveis, Carlos Henrique Ferreira. Exemplo de aplicação de estilo está nas lanternas do novo Fiat Idea, primeiro carro nacional a adotar o recurso. A luz de posição do monovolume é acesa por meio de guias de luz com LEDs nas extremidades, criando um efeito de três linhas paralelas, enquanto a luz de freio é acionada por 20 diodos em forma de pequenos pontos.

Entre motocicletas, a tecnologia não é novidade. ?Nosso primeiro modelo a ter LED foi a importada CBR 1000RR Fireblade, em 2004. A partir de 2008, os diodos passaram a equipar a CB 600F Hornet nacional ?, revela o engenheiro Alfredo Guedes, da Honda. O especialista acrescenta que, pelo fato de o LED ser um pulso elétrico que emite luminosidade em várias direções, oferece intensidade mais bem definida até mesmo durante o dia. ?Outras vantagens estão nas variadas opções de cores e melhor vedação contra a entrada de água?. Pesa contra o custo, maior que o de lâmpadas.

Lanternas das Yamaha XTZ 250 X, Fazer 250 e R1 são dotadas de LEDs, bem como o painel de instrumentos de 11 modelos da linha Suzuki 2011.

PESADOS Caminhões também utilizam a tecnologia de diferentes maneiras. Nos Agrale 8500, 9200 e 13000, cada seta dianteira inclui 10 LEDs arredondados. Já a Volvo aplicou os diodos em luzes de posição instaladas no alto da cabine, enquanto a Scania disponibiliza o recurso tanto no teto como em lanternas, mas de modelos fora de estrada.

A guerra é acirrada entre os ônibus, nos quais o novo tipo de iluminação apareceu nas setas dianteiras, lanternas, luzes de leitura e de teto do salão de passageiros do Marcopolo Geração 7, lançado em 2009. De olho na concorrente, a Comil adotou o diodo emissor de luz no novo Campione. ?São 6 LEDs para as sinaleiras frontais e mais 12 para as lanternas. Os faróis ainda não os têm por falta de disponibilidade tecnológica no país?, defende o supervisor de design da encarroçadora, Adriano Corrêa de Quadros. O profissional adverte que a substituição individual, como a feita com lâmpadas, não é viável. ?Deve-se trocar toda a placa de luzes e o circuito dos LEDs?.