Campinas (SP) - "Este não é um carro de vendas, é um carro de imagem". As palavras do presidente da Renault do Brasil, Olivier Murguet, exprimem bem os objetivos para o modelo 2015 do Fluence. O veículo ganhou alterações visuais e equipamentos de série - sem alteração do preço - para melhorar os atributos ante os líderes e voltar ao Top 5 do segmento dos sedãs médios. Resta saber se as melhorias vão colaborar para acabar com seu calcanhar de Aquiles: o valor de revenda aquém do esperado. O sedã-médio tem preços a partir de R$ 66.890 na versao Dynamique com cambio manual.
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As mudanças foram bem vindas e deixaram o carro mais atual. A grade dianteira recebeu a nova identidade visual da Renault, à exemplo dos primos Logan e Sandero. A dianteira da versão anterior não dialogava tão bem com as linhas do sedã. Agora mais agressivo e com luzes diurnas em LED o carro ganhou mais pontos em beleza e fôlego no mercado. no acumulado de vendas de 2014, Fluence está em nono lugar do segmento, com 6.360 unidades emplacados.
A lógica é oferecer mais por menos, condição mais explícita na versão top de linha, Privilège CVT. Pelos mesmos R$ 82.990 da linha 2014, o cliente ganha teto solar e luzes de xenon. Há também uma nova opção, Dynamique CVT Plus que agrega bancos de couro e a central multimídia R-Link. A marca acredita que essa versão vai responder por 50% do mix de vendas, ao preço de R$74.890.
O interior do sedã não recebeu grandes alterações no estilo do painel, mas ganhou alguns detalhes interessantes. O quadro de instrumentos agora é digital desde a versão de entrada, assim como o ar-condicionado automático bizona. A chave-cartão presencial não precisa ser inserida no contato para dar a partida no veículo. Por fim, a tela de 7” da central-multimídia agora é touch-screen. Outra boa novidade é o sistema Isofix para cadeirinhas infantis.
O motor continua o mesmo 2.0 16V Hi-Flex capaz de render até 143 cv (etanol) / 140 cv (gasolina) a 6.000 rpm com torque de 20,30 kgfm (etanol) e 19,90 kgfm (gasolina) a 3.750 rpm. O câmbio pode ser manual de seis marchas ou o CVT X-Tronic, que emula seis velocidades.
O Renault Fluence é produzido na Argentina e tem três anos ou 100 mil quilômetros de garantia. As versões GT Line e a GT com motor 2.0 turbo estão descontinuadas.
Impressões
Sem mudanças drásticas, a Renault tornou o Fluence melhor e sem cobrar mais caro por isso. O acabamento continua bom, com uso de plásticos de boa qualidade e cromados em diversos pontos. Os bancos de couro receberam um novo design, que também agrada. O volante tem boa pegada e revestimento em couro. O banco do motorista tem ajuste de altura manual. Controles elétricos poderiam ser um diferencial na versão top de linha. Os comandos estão à mão, exceto o piloto automático que fica no console central, na lateral do encosto de braço.
O espaço interno é bom graças à medida entre-eixos, mantida nos 2,70m. O porta-malas, segundo a montadora, leva 530 litros e conta com abertura interna. Os retrovisores possuem repetidores de seta de série em todas a versões e também podem ser rebatidos eletricamente. As luzes de LED diurnas na dianteira e nas setas traseiras também deixam o carro mais atraente.
Dirigimos o Fluence Privilège CVT trechos do trajeto entre a capital paulista e Campinas, uma distância de cerca de 100 quilômetros, mesclando trânsito intenso da cidade e rodovias duplicadas. O câmbio automático que evolui sem trancos facilitou a vida na Marginal Pinheiros. Há opção de trocas manuais, mas apenas na alavanca.
Sem mudanças técnicas no bloco 2.0, o desempenho é igual ao modelo anterior. O motor responde bem ao pedal, mas cobra seu preço no consumo de combustível. Destaque para a suspensão eficiente, que beneficia o conforto e a estabilidade do carro, tanto na estrada como na cidade.
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Para o lançamento, a Renault oferece a cor preto Ametista, fruto de pesquisa com produtos de grifes de luxo. Com efeito camaleão, em ambiente escuro prevalece o preto, mas ao bater o sol, o tom roxo é mais notado.
Preços e versões
Fluence Dynamique manual - De série, o sedã oferece ar-condicionado automático bizona, painel digital, chave cartão, luzes diurnas em LED, sistema Isofix, sistema de som CD/MP3 com comandos satélite, ABS com EBD, quatro airbags (dianteiros e laterais) e rodas de liga-leve de 16”. R$ 66.890
Fluence Dynamique CVT - Essa versão inclui os mesmos itens de conforto e segurança da anterior e acrescenta a caixa CVT que emula seis velocidades. - R$ 71.890
Fluence Dynamique CVT Plus - Segundo a marca, vai responder por 50% das vendas. A versão é nova e acrescenta bancos em couro e o sistema multimídia R-Link com câmera de ré. - R$74.890
Fluence Privilège CVT - As novidades são os faróis de xênon e o teto solar, agora itens de série da versão. Há ainda câmera de ré e chave cartão com função que trava ou destrava as portas do carro ao afastar cinco metros do veículo. Seis airbags (dianteiros, laterais e cortina) e controles eletrônicos de estabilidade e tração. - R$ 82.990
Ficha Técnica
Motor: Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 V, comando duplo, flex
Cilindrada: 1.997 cm³
Potência: 140/143 cv a 6.000 rpm
Torque: 19,9/20,3 kgfm a 3.750 rpm
Câmbio: Manual de seis velocidades ou automático do tipo CVT, tração dianteira
Suspensão: Independente McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira
Freios: Discos ventilados na frente e discos sólidos atrás
Pneus: 205/55 R17
Dimensões: Comprimento 4,620 m; Largura 1,810 m; Altura 1,470 m e entre-eixos 2,700 m
Capacidades: Tanque 60 l; Porta-malas 530 l
Peso: 1.372 kg
*Jornalista viajou à convite da Renault do Brasil
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