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Display que une o Mustang atual com modelo original da década de 1960 está exposto em museu

Confira o que mudou ao longo dos 50 anos em que o modelo está em produção. Ao comparar as metades é possível concluir que hoje os componentes são projetados para ser mais funcionais, enquanto antes buscava-se a beleza

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Cinquenta anos de evolução do Mustang
Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

O Ford Mustang foi lançado em 1965 no mercado americano com o apelo de carro compacto (para os padrões locais!), possante e acessível, tendo obtido enorme sucesso e dado origem ao segmento dos pony cars. Atualmente, o modelo já chegou à sexta geração, lançada em 2015, e conta com o que há de melhor num veículo atual. Esses dois exemplares foram unidos, num display, no museu do Hall da Fama Nacional dos Inventores, nos Estados Unidos, como símbolo da inovação automotiva nos últimos 50 anos.

Para a equipe do caderno Vrum é impossível não comparar as duas gerações colocadas lado a lado. O %u201Cmaluco%u201D que concebeu essa ideia foi muito feliz ao não cortar (na longitudinal) os veículos ao meio, tendo conservado 60% de cada, preservando o símbolo do cavalo galopante em ambos. E aí já é possível notar uma diferença entre eles. A insígnia do cavalo é o único item cromado do modelo atual, enquanto no veículo sessentista o mesmo símbolo vem acompanhado de vários adornos cromados, assim como diversos outros elementos como a grade, os para-choques, as molduras, os retrovisores e maçanetas.

O farol do primeiro Mustang é circular, assim como os da quinta geração, a anterior, que foi uma releitura do modelo original, mas o atual tem linhas retas e deixa o modelo com cara de mau. Ambos são musculosos, mas os vincos do modelo 2015 sugerem mais força e aerodinâmica. As grades dos dois veículos são do tipo colmeia, mas os formatos são distintos. Uma grande diferença está no conceito dos para-choques. Enquanto o antigo atua como uma barra metálica que protege a carroceria, o novo forma uma peça única na dianteira, contando com toda uma estrutura para absorver o impacto de uma colisão.

DENTRO Os visitantes do museu podem entrar nos veículos para conferir todos os detalhes, incluindo a reprodução dos motores V8 da década de 1960 e do atual. As diferenças entre as duas gerações começam no banco do motorista. Veja que o banco do Mustang atual oferece bom apoio ao corpo, apoio de cabeça e cinto de segurança de três pontos. Já o modelo da década de 1960 não oferece tanta segurança. Mas uma coisa se manteve desde o início: o revestimento em couro, que ontem e hoje são sinônimos de sofisticação, sendo que antes existiam opções de bancos coloridos, que acompanhava a cor do interior do veículo.

O volante fino deu lugar a um mais ergonômico, com boa pega. O volante do Mustang antigo traz apenas a buzina. Já o atual tem 10 botões para controlar uma infinidade de novas funções. O painel de instrumentos do modelo sessentista traz o velocímetro horizontal, entre dois mostradores circulares (temperatura do motor e nível do combustível). Hoje a configuração do painel traz uma tela colorida entre dois mostradores circulares que informam sobre velocidade, rotações, temperatura e nível de combustível.

Não que o hábito tenha acabado, mas o primeiro Mustang tem um cinzeiro integrado ao painel, o que não se encontra no modelo 2015. Para subir as janelas acionava-se a manivela, mas hoje nem pensar: vidros elétricos até em modelos mais baratos. E o que dizer do bom e velho quebra-vento? Quem precisou manusear a tecnologia sabe que pode melhorar muito a vida a bordo. Mas como argumentar isso olhando para o painel repleto de difusores de ar e um belo ar-condicionado digital? A única fonte de informação possível de se ver no Mustang da década de 1960 é o rádio, com seletores de volume e estação, além de cinco botões que devem guardar os canais favoritos do motorista. Já o atual traz toda conectividade disponível, como telefonia, navegação e interatividade com a internet.