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Estado de Minas AINDA EM 2022

Após a 'morte' do Tiggo 3X, Caoa Chery prepara novidades eletrificadas

Enquanto quase 8 mil clientes choram a transformação do aventureiro em um verdadeiro mico de mercado, marca prepara lançamentos de modelos híbridos e elétricos


postado em 09/05/2022 11:38

Chery eQ1(foto: Divulgação)
Chery eQ1 (foto: Divulgação)


A Caoa Chery surpreendeu com o anúncio do fechamento temporário de sua fábrica de Jacareí, no interior de São Paulo, com o objetivo de adequar a estrutura para a fabricação de veículos eletrificados, entre híbridos e 100% elétricos. A ideia é implementar processos produtivos flexíveis que permitirão a produção de vários modelos na mesma estrutura.

Mas marca sino-brasileira promete a intensificação dos trabalhos na planta industrial de Anápolis, incluindo novos lançamentos prometidos para o segundo semestre. A Caoa Chery não confirma, mas a primeira novidade será o Tiggo 8, que receberá um sistema híbrido leve, e ainda adotará o sobrenome Pro.

Chery eQ1(foto: Divulgação)
Chery eQ1 (foto: Divulgação)


Ainda espere para este ano a chegada do eQ1, um subcompacto elétrico com vocação urbana – pouca potência e autonomia reduzida –, que deve chegar com preço competitivo para um elétrico, talvez na casa dos R$ 120 mil. O carrinho tem 3,20 metros de comprimento, aparenta se bem apertado e com quase nenhum porta-malas. Apesar de pequenino, o modelo não dispensa uma boa telinha para o sistema multimídia.

Interior do Chery eQ1(foto: Divulgação)
Interior do Chery eQ1 (foto: Divulgação)


A Caoa Chery está tratando seu plano de eletrificação como um reposicionamento da linha de produtos. A marca pretende fazer uma renovação da sua gama eletrificando todos os modelos de seu portfólio até o final de 2023. Apesar do fechamento temporário da unidade, o fabricante quer manter a meta de 60 mil veículos vendidos em 2022.


Fechamento em jacareí e fim do Tiggo 3X

(foto: Caoa Chery/Divulgação)
(foto: Caoa Chery/Divulgação)


Na planta de Jacareí eram fabricados o aventureiro compacto Tiggo 3X e os sedãs Arrizo 6 e Arrizo 6 Pro. A Caoa Montadora ainda tem uma planta em Anápolis, em Goiás, que fabrica os SUVs Tiggo 5X Pro, Tiggo 7 Pro e Tiggo 8, além de alguns modelos da Hyundai.

A consequência imediata da decisão foi o fim da produção do Tiggo 3X, modelo que ficou menos de um ano no mercado. Além de terem comprado um suposto SUV compacto, que já vinha sendo vendido por R$ 113.490, e levado para casa pouco mais que o antigo hatch Celler disfarçado de utilitário-esportivo, os clientes que confiaram na jovem marca vão arcar com a desvalorização de um modelo que vai se tornar um verdadeiro mico. Até abril de 2022 foram emplacadas 7.749 unidades do finado Tiggo 3X.

Outros modelos fabricados em Jacareí são os sedãs Arrizo 6 e Arrizo 6 Pro, que tiveram um destino menos radical, passando a ser importados. Porém, o percentual de nacionalização desses modelos já era baixo, cerca de 30%, número que não evoluiu ao longo dos dois anos em que a linha está no mercado.

Esse fato ainda expõe uma questão para o futuro da marca no Brasil: se, produzindo uma linha convencional de veículos, a Caoa Chery já trabalha com percentual tão baixo de nacionalização, por lógica esse número será muito menor com os eletrificados.

A marca sino-brasileira também já deu outras mancadas por aqui, como o uso do câmbio powershift nos modelos Tiggo 5X e Tiggo 7, componente que já deu muitos dissabores ao consumidor, principalmente aos clientes da Ford. Ainda bem que a transmissão já foi substituída por uma automática tipo CVT. De qualquer forma, a marca garante que continuará a honrar o pós-venda dos modelos afetados pelo fechamento da fábrica, com o fornecimento de peças, assistência técnica e garantias nas mais de 140 concessionárias do país.

De acordo com a Caoa Chery, 627 funcionários trabalhavam na planta de Jacareí. A marca afirma que tem a intenção de manter o vínculo com alguns, mas aguarda o término das negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região para definir. A empresa garante que propôs um pacote de indenização suplementar, além das verbas rescisórias legais, para os funcionários demitidos.

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